A Champions Horseball League 2017, competição organizada pela Federação Internacional de Horseball, com o apoio do município de Beja, trouxe a esta cidade 20 equipas de cinco diferentes países, para disputarem os títulos nas categorias de ladies, under 16 e pró-elite.
As equipas de Il Circolo di Novi (Itália), em senhoras, a Hípica Malla (Espanha), em sub/16, e El Club de Equitació Esportiva Cardedeu (Espanha), em pró-elites, sagraram-se campeões da Europa de horseball, durante a FIHB Champions League 2017, que se disputou no multiusos do Parque de Feiras e Exposições de Beja.
Uma semana de competição que trouxe ao Alentejo algumas centenas de pessoas, dando a conhecer à Europa uma das melhores infraestruturas indoor do nosso país para a realização de grandes eventos desportivos. É essa, pelo menos, a convicção do presidente do Comité Organizador deste campeonato da Europa, Filipe Pimenta, que foi explicando que “Beja recebeu, praticamente, durante uma semana, e é verdade porque os jogadores e os cavalos têm sempre que vir uns dias antes da competição, então, Beja conseguiu, durante estes dias, acolher estas equipas com alguns dos melhores jogadores do mundo e a competição foi um sucesso”. Um grande sucesso porque, revelou o organizador, “o retorno que nos chegou, para além da organização em si, mas isso nós temos essa obrigação de fazer bem feito, de fazer acontecer as coisas para que nada falhe tecnicamente, temos uma equipa com muita experiência e por isso também conseguimos estas organizações para Portugal, mas o retorno, quer do recinto da competição, quer da cidade de Beja, foi extremamente positivo”. Pormenorizou ainda, adiantou: “Temos aqui representantes de vários países que nos afirmaram que este recinto é extraordinário para receber competições de alto nível, desta e de outras modalidades, mas também elogiaram o clima, a beleza da cidade, a simpatia das pessoas e a gastronomia local. Chegaram-nos opiniões muito positivas”.
O pavilhão multiusos de Beja, afirmou Pimenta, “é, provavelmente, o melhor recinto indoor do País. Fazem-se concursos indoor no Pavilhão Atlântico, na FIL, em Santarém, na Exponor, mas nenhum destes locais tem esta capacidade para desportos equestres, esta versatilidade de conseguirmos facilmente organizar um grande evento internacional desta ou de outra modalidade”. E lembrou, a propósito da RuralBeja que aqui já decorre, que “o Salão do Cavalo, por exemplo, é já uma referência muito forte a nível nacional, porque este recinto é muito bom, tem dimensão, tem uma estrutura de apoio com picadeiros exteriores, parque de boxes e conseguimos montar tudo com alguma facilidade. E são estes grandes eventos que trazem grande retorno promocional a toda a região, à qual acrescentam ainda uma boa dinâmica económica”.
Razões mais do que suficientes para que o município de Beja tenha apoiado esta iniciativa, concordou: “Claro, é sempre muito importante o município apoiar, ou, então, terão de existir patrocinadores, mas esses chegam com o tempo. Há eventos em Portugal onde os municípios não têm que dar esse apoio, porque os eventos ganham dimensão e por si só se tornam sustentáveis”.
No plano desportivo confirmou-se a hegemonia das equipas que lideram os rankings internacionais, mas, acrescentou Filipe Pimenta, “também com algumas surpresas, como o primeiro triunfo de Portugal sobre a Espanha, nas senhoras. Um momento muito emotivo que aqui se viveu e na final de pro-elite estiveram as duas melhores equipas do mundo, numa final fantástica. Enfim, foi um evento de grande sucesso e, seguramente, que Beja ficou a ganhar com tudo isso”.
Filipe Pimenta lembrou também que a utilização do cavalo “está a crescer cada vez mais em todo o mundo, as disciplinas equestres ganham cada vez mais adeptos, nascem novas infraestruturas e cresce todos os dias o número de praticantes federados nestes desportos”. O cavalo, revelou, “é um companheiro, é terapia, dá momentos de descontração e faz história. O cavalo acompanha o desenvolvimento da humanidade desde sempre. Há milénios foi guerreiro, foi agricultor, foi a nossa máquina agrícola, foi o meio de fazer chegar o correio, depois evoluiu para o lazer e para a alta competição”.